top of page
cadernos de viagem herdados

CADERNOS DE VIAGEM HERDADOS

Misto de romance com crônicas de viagem, a obra de estreia da atriz Nicole Cordery, com ilustrações de Rita Carelli, traz a história de uma mulher que, inesperadamente, recebe um embrulho com nove cadernos que haviam pertencido à sua prima. Dentro deles, o relato intenso e envolvente de dezenas de viagens, que a prima queria publicar para incentivar outras mulheres a fazer como ela e se lançar pelo mundo. O projeto, no entanto, esbarra em um acontecimento trágico: a morte precoce da prima por Covid-19 – o vírus que mudaria radicalmente a forma como as pessoas viajam.

 

Diante do pacote, ela chega a pensar que aquelas histórias não fariam mais sentido no mundo pós-pandemia. Mas decidiu seguir adiante após ler o pedido do viúvo. Ela honraria a memória de sua prima e cumpriria o desejo dela.

À medida que lê os relatos, a perplexidade e a revolta iniciais diante daqueles cadernos que ela considera uma herança maldita dão espaço ao encantamento e à excitação – e todos esses sentimentos são percebidos pelo leitor através dos comentários que ela deixa nos cantos das páginas. A mulher vive a dor do luto em confinamento ao mesmo tempo que se reconecta com aquela prima tão próxima da infância e da qual havia se afastado para viver uma vida supostamente perfeita de mãe-esposa-profissional em Madri.

“Aqui, muitas vidas transcorrem à medida que os cenários mudam e o tempo passa na paisagem de uma memória que também se multiplica.”

Manoela Sawitzki, escritora, no texto de quarta capa.

Aparentemente despretensiosos, os relatos mostram uma mulher livre, divertida e melancólica, mas acima de tudo curiosa e ávida por novos encontros e deslocamentos. Nessa viagem no tempo, a herdeira lembra a prima criança numa festa junina na casa da família em Teresópolis; a adolescente no Carnaval com os amigos em Ouro Preto, ao som de Caetano e Cartola; a mulher “madura” que bate-boca com um motorista argentino que a impede de usar o banheiro do ônibus, que leva a mãe para Londres para assistir à sua peça preferida – e compra o bilhete errado – ou que não deixa de viajar nem quando o espaço aéreo europeu está fechado por causa de um vulcão na Islândia.

 

Com um projeto gráfico especialmente inspirado em cadernos Moleskine, o livro mostra a versatilidade de Nicole Cordery – que, com os teatros fechados, se consagrou como atriz do teatro online e finalizou esse livro de viagens, com o qual convida os leitores a reviverem suas próprias memórias e os estimula a desejar ou até planejar novas viagens (uma ousadia necessária neste mundo tão insólito em que vivemos).

Sobre a autora


Natural de Niterói, Nicole Cordery (@nicole_cordery) é atriz. Formou-se na CAL, no Rio de Janeiro, em 1996. Seu espírito nômade a levou para São Paulo em 2000 – ano em que entrou para o Grupo Tapa –, e, seis anos depois, para Paris, onde cursou a École Jacques Lecoq e fez mestrado em Estudos Teatrais na Sorbonne Nouvelle. De sua rica trajetória nos palcos, destacam-se as peças Camaradagem, Strindbergman, A cidade, A noite das tríbades, Ato a quatro, Dissecar uma nevasca, No Coração das máquinas, Alice, Retrato de mulher que cozinha ao fundo, Deadline, Nunca fomos tão felizes, Chernobyl e Pandas ou era uma vez em Frankfurt (teatro on-line). Foi indicada aos prêmios APCA (2015) e Aplauso Brasil (2015 e 2019) na categoria Melhor Atriz. Terra Medeia, de 2021, projeto do qual é proponente, foi indicado a Melhor Espetáculo do Ano pelo APCA.

No intervalo entre uma produção e outra durante seu confinamento em 2020, finalizou seu primeiro livro, Cadernos de viagem herdados.

Sobre a ilustradora

 

Rita Carelli é atriz, diretora, escritora e ilustradora. Criou, em parceria com a ONG Vídeo nas Aldeias, a coleção Um Dia na Aldeia (Sesi). É uma das idealizadoras do livro Ideias para Adiar o Fim do Mundo e responsável pela pesquisa e organização de A Vida não é útil, ambos do pensador indígena Ailton Krenak (Cia. das Letras). Ilustrou obras dos premiados autores Daniel Munduruku e Anna Claudia Ramos. É ainda autora dos infantis Akukusia (Sesi) e Minha família Enauenê (FTD), contemplados com o selo internacional White Ravens e o Altamente recomendável da FNLIJ, e de Amor, o Coelho (Editora Caixote). Em 2021, lançou seu primeiro romance adulto, Terrapreta (Editora 34).

 

Sobre a editora

 

A Claraboia é uma editora independente de escritoras mulheres, fundada em 2019.

Ficha Técnica
 

Gênero: Ficção

Formato: 14x21

Páginas: 192

ISBN: 978-65-995069-3-2
ISBN (e-book): 978-65-995069-4-9 .
Lançamento: março de 2022

Imprensa 

bottom of page